Capítulo 13
 Assim que entrou no castelo que por ventura chamava de mansão, o silêncio envolveu seus sentidos como uma carícia. O ar estava morno, impregnado pelo cheiro dela. Lavanda e floresta.
 Subiu as escadas em longas passadas, o coração batendo mais rápido a cada degrau. Quando abriu a porta do quarto, encontrou Aurora de pé diante da janela, vestida com uma camisola de seda azul-clara que caía até suas coxas.
 Ela se virou devagar, os olhos arregalados, o brilho prateado refletindo a presença dele.
 — Cael...
 Ele parou na porta, a mandíbula tensa. O coração apertado.
 — Voltei — disse ele, a voz rouca, grave.
 Aurora correu até ele sem hesitar.
 Cael a recebeu em seus braços, envolvendo-a com o corpo como se quisesse protegê-la do próprio mundo. O cheiro dela acalmou seu lobo instantaneamente. Enterrou o rosto nos cabelos castanhos e inalou profundamente, como se aquilo fosse o único ar que precisava.
 — Você está... machucado? — ela perguntou, afastando-se apenas o suficient