Luna
Estou no meu quarto, sentada na beira da cama, tentando organizar meus pensamentos. O silêncio ao meu redor é pesado, mas não me incomoda. O que está prestes a acontecer parece surreal, como se eu estivesse vivendo um sonho confuso e cheio de emoções contraditórias. De repente, ouço uma batida firme na porta.
— Entre. — digo, minha voz mais firme do que realmente me sinto.
A porta se abre, e meu avô, Arturo, aparece. Ele está sério, como sempre, mas seus olhos não escondem a tensão.
— Está tudo pronto, menina insolente! — ele informa, direto.
Assinto, levantando-me.
— Vou me arrumar. Preciso estar à altura da ocasião.
Ele estreita os olhos, como se tentasse entender o que estou planejando, mas não questiona.
— Estarei esperando lá embaixo. Não demore.
Assim que ele sai, começo minha transformação. Respiro fundo e escolho minha roupa com cuidado. A calça de couro preta ajusta-se perfeitamente, combinada com a blusa de seda preta de mangas longas. Pego um sapato de salto mé