Luna
UM DIA DE PAZ
O sol entra pelas frestas da cortina, banhando o quarto com uma luz dourada. Meus olhos se abrem lentamente, e a primeira coisa que vejo é Théo ao meu lado.
Seu braço está jogado sobre minha cintura, e sua respiração lenta me diz que ele ainda está dormindo.
Por um momento, apenas o observo. Seu rosto relaxado, seus cabelos bagunçados... Ele parece tão em paz, tão distante da violência que nos cerca.
Mas então a realidade retorna como um soco. A lembrança do Albanês, das revelações, da minha fúria incontrolável.
Sinto um aperto no peito.
Começo a me mover para sair da cama, mas antes que eu consiga, Théo me puxa de volta.
— Onde você pensa que vai? — sua voz está rouca, ainda cheia de sono.
— Preciso organizar minha mente.
Ele abre os olhos, me estudando com atenção.
— Você sempre acha que precisa carregar tudo sozinha.
Eu o encaro, mas não digo nada. Ele suspira e se senta, passando uma mão pelos cabelos.
— Hoje é um dia de descanso.
Franzo a testa.
— Descanso? De