Daphne mexia no celular, alheia ao mundo, e não resisti a me aproximar por trás, abraçando-a. Afundei o rosto em seu pescoço e depositei um beijo ali, sentindo o gosto da saudade que havia começado desde a noite anterior, quando ela se despediu e voltou para casa. Amar aquela mulher era viciante. Eu não conseguia me desgrudar dela.
E ainda me pegava perguntando como, em tão pouco tempo, eu tinha me tornado tão bobo por causa de um relacionamento. Nunca tinha estado em um antes dela. Antes da minha ruiva. Daphne era luz, um tipo de brilho que não se encontra duas vezes na vida. Bastava sorrir para fazer milhares de borboletas voarem no meu estômago. E eu... eu nunca tinha permitido isso a mim mesmo. Sempre rejeitei esse tipo de coisa.
No meu guarda-roupa, cores claras eram raridade. Mas agora eu preferia usar azul oceano em dias de trabalho, só porque sabia que ela estaria lá para me olhar.
— Bom dia — ela disse sem se soltar do meu abraço. — Você está radiante hoje.
Franzi a testa. Da