O shopping parecia ainda mais barulhento do que o normal. Elana desceu do carro de aplicativo e, por um instante, cogitou voltar para casa. Mas a voz da Isabella ecoava na mente como uma trilha sonora teimosa: “Compra um vestido que diga ‘eu sou incrível’.”
Respirou fundo e seguiu pelos corredores até uma loja que chamava atenção até mesmo de longe. Vidros impecáveis, manequins com expressões quase arrogantes e vestidos que pareciam custar o triplo do que ela costumava pagar por uma peça de roupa.
Entrou.
— Boa tarde. — disse ao cruzar a porta.
A vendedora, uma mulher alta, magra e de coque impecável, a avaliou dos pés à cabeça com um olhar de quem esperava que Elana tivesse entrado na loja errada.
— Posso… ajudar? — perguntou, com um sorriso educado, mas forçado. O tipo de sorriso que grita “você não pertence a este lugar”.
— Estou procurando um vestido para hoje à noite. Algo elegante, mas não exagerado. — Elana respondeu, tentando manter a postura, mesmo diante da recepção ge