A produtora sinalizou da coxia, indicando que era hora da sessão de perguntas, mas Elana sabia que aquele momento já era seu. Ela olhou para a plateia, para os rostos que acreditavam na sua história, e sentiu, pela primeira vez, que estava exatamente onde deveria estar.
— Eu sei que vocês querem mais, mas parece que está na hora de responder algumas perguntas de vocês. Quem quer ser o primeiro?
Mãos se ergueram pelo teatro, uma onda de entusiasmo. Elana apontou para uma jovem na quarta fila, de cabelos cacheados e olhos brilhantes, segurando o livro com anotações coloridas. Um assistente da Buzzy entregou um microfone à garota, que se levantou, visivelmente emocionada.
— Oi, Elana, sou Clara — disse ela, a voz tremendo de emoção. — Eu engoli esse livro em um único dia! Ele é tão profundo, e Isadora parece tão real. Quanto de você está nela? Tipo, tem algo no coração da Isadora que veio direto do seu?
Elana deu uma risada baixa e olhou na direção da coxia, de onde Gabriel assistia