A plateia respondeu com um coro de “awn” e aplausos calorosos, alguns trocando olhares curiosos, tentando adivinhar a identidade daquele amor. Antonella, ainda de pé, ergueu o livro com um grito de “Você é um ícone!”, fazendo Elana rir enquanto a garota se sentava, radiante. A produtora sinalizou que havia tempo para uma última pergunta, e Elana apontou para um jovem na sétima fila, de óculos grandes e um caderno cheio de anotações, que se levantou com um ar tímido, mas decidido.
— Oi, Elana, meu nome é Lucas. — disse ele, a voz hesitante. — A Isadora parece carregar uma culpa por não ter dito o que sentia na hora certa, e isso me tocou muito. Você já sentiu algo assim, um arrependimento por não ter falado algo importante para o seu “sol” quando era mais jovem? Como isso influenciou a escrita?
Elana sentiu o coração apertar. Ela respirou fundo, os olhos percorrendo a plateia antes de se fixarem no jovem.
— Sim, já senti esse peso. Quando era mais jovem, havia coisas que eu queria