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— Pai, eu estou aqui. — murmurou, a voz embargada. — Você vai ficar bem. Você tem que ficar bem.

Ele ficou ali, falando em voz baixa, contando histórias da infância, promessas de viagens que fariam juntos, qualquer coisa para preencher o vazio. Quando saiu do quarto, Clarisse o esperava no corredor, um café quente nas mãos.

— Você parece exausto, filho. Quando foi a última vez que dormiu? — perguntou, a preocupação gravada em cada linha de seu rosto.

— Não sei, mãe. — admitiu Gabriel, aceitando o café. — Vim direto. Meu celular... quebrou no estacionamento. Não tenho como avisar ninguém agora.

Clarisse franziu a testa, mas não insistiu.

— Fique aqui, Gabriel. Seu pai precisa de você. O resto pode esperar.

Gabriel abraçou sua mãe e suspirou profundamente.

— Por esses e outros motivos que eu sempre achei péssima essa ideia de mudar para uma fazenda. Vocês dois, sozinhos.

Clarisse deu um meio-sorriso, apesar da exaustão.

— Seu pai ama a fazenda, você sabe. O ar puro, o silênc
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