Gabriel passou a mão pelos cabelos e se sentou na beira da cama, a cabeça baixa.
— Você está certa. — disse finalmente, a voz baixa, com um traço de respeito. — Eu não devia ter... eu não queria te pressionar. — Ele levantou os olhos, encontrando os dela, uma dor crua misturada com determinação. — Mas eu vou consertar isso, Elana. Vou terminar com Giana, porque é o certo. E depois... se você ainda quiser, vou estar aqui.
Elana sentiu o peito apertar, dividida entre o alívio por ter parado e a dor de querer o que não podia ter. A caixinha de cartas, lá embaixo, era um lembrete do amor que os unia e dos obstáculos que os separavam.
— Eu não sei o que quero, Gabriel. — admitiu, a voz frágil. — Mas sei que não posso fazer isso agora. Não assim.
Ele assentiu, levantando-se lentamente, como se cada movimento doesse.
— Tudo bem. — disse, a voz suave. — Vou voltar para o sofá. Descansa, está bem? E... me chama se precisar.
Antes que ele se afastasse, Elana estendeu a mão, segurando a