Elana despertou lentamente, os primeiros raios de luz filtrados pelas janelas da cabana misturando-se ao peso em sua cabeça. O vinho da noite anterior deixara um rastro de dor latejante nas têmporas, e ela piscou contra a claridade, tentando se orientar. O calor do cobertor a envolvia, mas a cama parecia estranhamente vazia. Por um instante, a lembrança de Gabriel deitado ao seu lado, das histórias compartilhadas até o sono vencê-la, trouxe um certo conforto ao seu coração. Ela se sentou, esfregando os olhos, e foi então que um aroma familiar a envolveu; café fresco, misturado com algo doce, talvez pão tostado.
O cheiro a puxou do torpor, e ela olhou ao redor. Gabriel não estava no mezanino. O som suave de utensílios tilintando lá embaixo, na cozinha, confirmou onde ele estava. A dor de cabeça pulsava, mas o aroma prometia alívio, e Elana, com cuidado, deslizou as pernas para fora da cama, o pé machucado ainda protestando, mas menos que na noite anterior. Ela se apoiou no corrimão ao