O quarto privado na mansão do Rei Alfa exalava poder e opulência, o aroma de madeira envernizada misturando-se ao toque esfumaçado de uísque envelhecido. As paredes de pedra, adornadas com tapeçarias modernas de linhas geométricas, absorviam a luz quente da lareira, que crepitava em um canto, lançando sombras dançantes sobre o tapete cinza de lã. As janelas altas, emolduradas por cortinas de linho escuro, revelavam a floresta envolta em névoa, onde a lua crescente brilhava como uma lâmina afiada. Eu estava de pé junto à mesa de carvalho polido, os dedos traçando a borda de um copo de cristal, o uísque refletindo o fogo. Morgana entrou sem bater, o clique de seus saltos ecoando no silêncio, e meu lobo interior rosnou, alerta para a dança perigosa que sempre acompanhava sua presença.
— Você está pensativo, Magnus — ela disse, a voz melíflua, fechando a porta com um gesto lento, o vestido de seda preta abraçando suas curvas. Ela caminhou até a lareira, os cabelos negros brilhando à luz d