O uivo do lobo negro ainda ecoava em minha mente, seus olhos dourados me perseguindo como um presságio. Aquela voz no vento “O tabuleiro está montado, Rei Alfa. Mas quem será o peão?” fez minha loba rugir, inquieta, enquanto eu me preparava para enfrentar o Rei Alfa. O hotel ficara para trás, o cheiro de lavanda e café substituído pelo aroma úmido de pedra e musgo do território lupino. Minha pele formigava, o ar carregado com o peso de auras antigas, e cada passo em direção à fortaleza do Rei Alfa era uma declaração: eu, Ayla Revely, herdeira do clã, não me curvaria.
— Ayla, você tem certeza disso? — Eva perguntou, a voz tremendo, segurando a mão de Lian com força. Estávamos na entrada do território, o portão de ferro esculpido com lobos uivantes erguendo-se como uma barreira. O vento agitava seu cabelo castanho, e seus olhos brilhavam com preocupação.
— Não tenho escolha, Eva — respondi, ajeitando o casaco preto que abraçava meu corpo, a voz firme apesar do nó na garganta. — Se quero