O rosnado que ecoara no corredor do hotel ainda fazia minha pele formigar, e aquela voz fria “Ele não é seu aliado, princesa” cravava-se em minha mente como uma adaga. A visão de Magnus, com seu sorriso enigmático na escuridão, me perseguira durante a noite, deixando minha loba inquieta, rosnando sob minha pele. Eu sabia que precisava agir, mostrar aos lobos que a herdeira do Rei Alfa estava viva e pronta para lutar. Por isso, naquela noite, coloquei um vestido cinza-prata que reluzia como luar, ajustando-o para disfarçar o tremor em minhas mãos, e fui a um evento político onde lobisomens e humanos disputavam poder sob uma fachada de sorrisos.
O salão era um labirinto de opulência, com colunas de mármore branco e lustres que derramavam luz dourada sobre os rostos dos presentes. O ar cheirava a vinho tinto e perfume caro, mas minha loba captava algo mais: o peso de auras lupinas, rosnados abafados em risadas educadas. Meus saltos ecoavam no chão polido, e eu sentia olhares me dissecand