O uivo do lobo negro ainda vibrava em meus ossos, e aquela voz sussurrada “Ele está esperando, princesa. Mas será que você está pronta para o que ele esconde?” fazia meu coração disparar.
A sombra na janela havia desaparecido, mas a inquietação cravava suas garras em mim enquanto atravessava o quarto do hotel, o chão frio sob meus pés descalços. Minha loba rosnava, alerta, sentindo o perigo que se aproximava com a audiência do Rei Alfa. Sentei-me à mesa, o cheiro de café frio misturando-se ao de papel velho, e espalhei os documentos que conseguira reunir sobre ele. Eram poucos, fragmentos de informações que mais confundiam do que esclareciam.
— O que você encontrou? — Eva perguntou, entrando com uma caneca de chá, o vestido azul-marinho contrastando com sua pele pálida. Seus olhos castanhos me estudavam, preocupados.
Suspirei, esfregando as têmporas, o peso da exaustão apertando meu crânio.
— Quase nada. O Rei Alfa… ninguém sabe como ele subiu ao poder. Só dizem que foi rápido. Sang