O porão parecia sufocar-me, o ar gelado carregado de mofo e poeira, enquanto eu subia a escada em espiral, o eco dos meus passos misturando-se ao rangido da bengala do velho lobo atrás de mim. Minha loba rugia, um fogo primal queimando no peito, mas a dúvida sobre o pacto dos meus pais pesava como uma corrente.
O corredor estreito, com suas paredes de concreto rachadas e a lâmpada amarelada balançando, era um túnel para o passado que eu não queria enfrentar, mas Lian estava com Magnus, e cada verdade sombria era um passo para trazê-lo de volta. Meu casaco de couro roçava a pele, o tecido áspero amplificando o frio que mordia meus braços, e o laço predestinado com Damian pulsava, um lembrete indesejado da sua presença na minha vida. Ao emergir no bar clandestino, o cheiro de uísque rançoso e fumaça velha me envolveu, as risadas roucas dos lobos ecoando como um coro dissonante.
— Ayla, o que ele disse? — Eva perguntou, sua voz cortando o barulho, enquanto se aproximava, o braço ainda e