O silêncio após a pergunta de Ethan pesou como chumbo no ar. Eu o encarei por alguns segundos, tentando manter minha expressão serena, mas dentro de mim o caos rugia. Minha loba rosnava baixo, inquieta, repelindo a presença dele com uma violência que me fazia estremecer. E, ao mesmo tempo, eu via nos olhos de Ethan algo que me dilacerava. Dor. Não era raiva ainda, era o início dela. Um sentimento ferido, um amor ameaçado pela sombra de tudo aquilo que eu escondia.
— Ethan… — comecei, mas minha voz saiu fraca, como se estivesse tentando atravessar um campo minado de memórias. — Não é o que você está pensando. Não tem nada acontecendo entre mim e o Damian.
Ele deu um passo para trás, cruzando os braços. Seus olhos buscavam os meus, tentando encontrar algo que eu ainda não tinha coragem de mostrar, nem para ele e nem para ninguém.
— Então o que é, Ayla? Porque desde aquela reunião, você não é mais a mesma. Você está distante, calada, tensa. Me olha como se estivesse com medo. — Sua voz q