Capitulo V- Hendricks Valentim

–– Qual o problema com a viúva Hendricks? –– Olhei para Fernan a meu lado, não sou habituado a me envolver com qualquer mulher, a atração não acontece facilmente, além disso tenho meus receios, para quem já teve seus históricos de herpes, fica sempre o receio, o cuidado, um germe facilmente adentrado no sistema imunologico é facilmente para tornar-se uma doenca. ––Beleza!

Sorriu virando-se para mim. –– O que? –– Assenti, por fim suspirei, dando-lhe certeza. –– Não é uma mulher tradicional da cidade, suas características, hábitos, são completamentes diferentes, tenho a sensação de conhecê-la de algum lugar, mas... por mais que eu tente.

–– Então seria uma possível candidatar a gerar o bisneto que o seu avô tanto deseja?––Sorri de lado, neguei. –– A mulher é viúva, Fernan, pode ter seus atributos, mas é viúva, e com certeza meu avô deseja alguém de uma boa linhagem para carrega seu bisneto no ventre. ––Continuou seguindo ao volante, peguei o celular para me atér aos meus negócios, cheguei ao escritório pronto para receptar uma excelente carga de dez quilos de cocaina, o que me ocupou o dia inteiro, os sócios acharam pouco, mas com a policia no pé, fica impossível fazer em grandes quantidades.

A noite chegou outro carregamento, foram dois dias ocupados com os negócios, o meu avô malmente me receberá na porta do seu quarto, o seu médico já me avisou que o seu problema é depressão, imagino que seja isto mesmo, ele vive sozinho, o único que tem é a mim, que vivo submersso em trabalho. ––Quarenta e oito horas Hendricks. –– Olhei para Fernan ao sair da mansão, não me recordando nada perfeitamente pra quarenta e oito horas.

––Temos algum compromisso para este horário? ––Sorriu de lado. –– Estou louco para ver esta viúva, diretamente. ––Colocou um envelope em minha mão, tirei o lenço do bolso, segurei em seguida. ––O que tem aqui? ––– Pergunto curioso ao homem que sorri amplamente, entra no carro. ––Judhie Sanders Sarfields, a filha do meio da família Safields, deserdada, afastada da familia, por abrir mão de tudo para viver ao lado do seu falecido marido Jamie Houston.

Abri o envelope vendo a foto da família Sarfields, o seu rosto se destacando parecido ao seu pai entre os traços, ambas as irmãs são loiras como a mãe, os olhos negros, o rosto fino, a boca cavada carnuda, olho para Fernan ao volante, engulo em seco. ––Esta me dando a ideia de fazer um acordo com esta mulher? Viúva? Passada pelas mãos daquele velho? –– Sorriu pondo a lingua pra fora ao fim. –– Estamos indo pegar o dinheiro que ela me deve.

–– Ah é? –– Assenti, isso seria ridiculo, olhar para uma mulher da sua familia e dizer que quero ter um filho com ela, no minimo, a nossa familia será ridicularizada por anos, e nem mesmo mil pontes de safena ajudaria o meu avô a sobreviver diante a tanta humilhação.

Ao chegar ao vilarejo, desço do carro, jogo o envelope ao lado do homem que me entregou de nada serviria isso para mim, tocar nesta mulher por mais que seja atraente, nada mudaria a nossa situação, ela me deve mas não é um valor tão alto ao ponto de me fazer exigir que me dê um filho. ––TOC TOC TOC. –– Bato a porta pelo amanhecer, a mesma não demora a abrir a porta, usando uma calça jeans, blusa vermelha regata, os seios parecem tentar se encaixar em meio a tudo que lhe oferecem como tecido.

Engulo a saliva ao analisa-los. –– Se veio me matar pode fazê-lo, não conseguir o seu dinheiro. –– Entro assim que me dá as costas para entrar na casa, vejo as caixas empilhadas os comodos sem quadros, um pouco vazio, exceto pelos móveis grandes. –– Esta de mudança? ––– Para com as mãos acima dos quadris ao me esuctar, os cabelos presos, fogem ao coque, alguns ramalhetes de cachos.

–– Sim, prefiro que me mate aqui. –– Senta numa cadeira velha, que talvez tenha pertencido ao seu marido que era escritor. Apesar de ser uma grande quantia em dinheiro, saber que se coloca-la como prostituta em uma das minhas boates, talvez sua familia venha atrás de mim, mata-la não seria diferente. A observo em sua simplicidade, o que faria esta mulher abri mão da vida de Sarfields para viver deste jeito?

Ao me olhar e sorri abre os olhos negros redondos. –– Ele morreu aqui, sabia? –– Jura que ela realmente o amava? Não acredito em amor, todo tipo que já vi até o momento fora de jovens se casando com velhos ricos, e não as jovens ricas se casando com velhos pobres, que tipo de abrigo ela é? –– Com o seu corpo, deve conseguir mil euros por dia, em uma das minhas.... –– Não tomo conta dos seus passos, mas ao se aproximar seguro a sua mão prestes a me acertar a lateral da face.

–– O que pensa que eu sou? Seu calhorda, desgraçado, eu jamais iria me prostituir, tentei falar com a minha mãe, mas não conseguir, ela esta viajando.... ––Tenta se explicar enquanto segurando a sua mão me olha nos olhos, achei estranho desde o momento que me encarou nos olhos, isso não é qualquer uma pessoa que faz, todos recuam com medo.

––Uma pessoa que me deve,e isso me faz fazer o que eu quiser com você? ––– Engoliu em seco ao me ouvir. –– É isso que você faz com as mulheres que te devem altas quantias que seus maridos tomam sem que elas saibam? –– Arqueio a sobrancelha, ela quer me dizer que não sabia que o seu marido, investia pesado na sua carreira como escritor? –– Algumas delas não são tão aproveitaveis quanto ... ––A olho de baixo a cima.

––Ordinário, você não tem coração, como pode não respeitar o meu falecido marido com os seus olhares obcenos. –– Quem morreu fora o seu marido, não foi ela, poderia afirmar que seria um pecado a sua morte, a vejo abaixar lacrando uma caixa com fita adesiva, o espaço entre os seios são interessantes, a observo diretamente. ––Um pouco tolo da sua parte, arrumar suas bagagens para fugir enquanto deixa a sua ex fam....

–– Eles não são ex, são tudo que eu tenho, eles são a minha familia, a Sarah é como uma mãe, o Giuseppe como um pai, e os meus cun.... ––– Faço deboche indo a cozinha, olho o lugar totalmente vazio, restando apenas os móveis grandes que ainda não deu para que embalar. –– Pelo visto eu pelo menos tenho alguém e você? –– A olho de pé na divisória da sala para a cozinha. –– Teria sessenta mil euros agora se você fosse boa em cumprir com a sua palavra, como o seu pai.

–– O meu pai? Que pai? Eu não tenho mais pai–– A vejo empalidecer, perder a cor da pele morena que antes era bonita. ––Como soube do meu pai? –– Parece desnorteada após a minha resposta. –– Para desconversar dou de ombros, a olho meio que suando de pé. –– Não tem pai? –– Pergunto a mulher que me olha e simplesmente nega. –– Sou orfã nunca conheci o meu pai. –– Mente descaradamente a minha frente, mas isso me agrada, ela não tem realmente laço com Sarfields?

–– Que triste pensei em cobrar o meu dinheiro a ele? –– Passo pela porta a distância do seu corpo, lhe vendo me seguir logo em seguida. –– Não tenho senhor Valentim, e não tenho interesse algum em saber quem é o meu pai. –– Afirmo, a briga certamente fora feio entre eles, se ela age assim com certeza ele age muito pior. –– Como já disse não tenho o seu dinheiro, quando começo a trabalhar em sua boate? Não me prostituo, apenas danço.

Levo a mão ao queixo ao ouvi-la, ela mudou de opinião rapidamente apenas ao falar em seu pai, que incrível, o que o seu pai acharia da sua filha dançando numa boate? A mesma estaria de pé no dia seguinte? Não, eu não quero este tipo de dano para o meu negócio. Suspiro fundo, o que devo fazer com esta mulher? Me pergunto lhe olhando ir de um lado a outro. –– Manuseio bem no pollydance, se esta é a sua preocupação o primeiro filho da mãe que puser a mão em mim, corto-lhe fora.

–– Meus clientes não se agradariam com você, senhora Houston, irei pensar numa maneira que pode me pagar, mata-la agora seria em vão, não teria meu dinheiro de volta. –– E o seu pai acabaria com a cidade inteira se soube que a máfia Valenciana matou a sua filha deserdada e expulsa da familia, pensei sozinho, enquanto os seus olhos negros me avaliaram. — O que quer dizer que eu não agradaria aos seus clientes? — Uniu as mãos aos seios, apertando-os. — Eu tenho belos seios, olhe. — Desviei os meus olhos para o teto evidente que sim, óbvio que tens. 

— Posso pedir aos meus homens que os arranques e coloque-os a venda, quem sabe alguém não os comprariam. — Afastou as mãos de imediato dando de ombros, imagino o que o falecido não tenha passado nas suas mãos, jovem, bonita e bem excitante aos olhos de qualquer cristão.  — Faça o que quiser com eles, não me importo. 

Ergui a sobrancelha ao escuta-la, realmente não deve fazer uma analise do uso das suas palavras antes de pronuncia-las. 

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