Judhie Houston é uma mulher com um passado, ao perder o seu grande amor Jamie Houston, sente-se solitária, ela não aceita a morte do marido até descobrir que esta afundada em dívidas, seu falecido marido a deixou mergulhada em altas dívidas, a cada dia a sua situação apenas piora, até que os homens mais frios e impiedosos da cidade, batem a sua porta. Jamie deve a máfia, mas morto não pagam dívidas, sua esposa sim, agora além de dever ao banco, Judhie deve também a máfia. Hendricks Valentim, é frio, impiedoso, insensível, além de exigente pressionado pelo avô para lhe dá um bisneto, temendo pelo fim da família Valentim. A família Houston lhe deve uma alta quantia em dinheiro, ele não quer saber as razões do atraso, bate a porta da casa Houston, com pressa para receber seu dinheiro, até encontrar uma viúva solitária, desamparada, sem um tostão para pagar-lhe. Cabendo a ele, sendo um homem impiedoso, querer o pagamento mais atroz da mulher, engravida-la para que lhe der um herdeiro, é a oportunidade perfeita, ela lhe deve, e tem que pagar, nem que para isto, o luto pelo falecido, seja superado de outra forma. O que nenhum dos dois poderia imaginar, que um simples acordo, causaria uma grande confusão, quando o avô de Hendricks, decide casa-lo, com Olga, a irmã de Judhie, sem ter conhecimento que o seu neto e a jovem viúva, estão a ter um caso. OBS:. CONTEÚDO ADULTO
Ler maisCaminhei em direção ao espelho, ao ver o meu reflexo nele, há dias sem dormir, duas bolsas arroxeadas formaram-se abaixo dos meus olhos, agora não me importa mais ter belos olhos, tratados, cabelos penteados, escovados algumas vezes antes de dormir, a luta contra a insônia tarde a noite, tudo é tão vazio, tão sem vida sem ele aqui, sem suas canções poéticas e palavras incentivadoras, me sinto vazia, é como viver num mundo sem mim.
Desde que Jamie se foi, tudo ficou cinza, vazio, não saberei quais palavras dizer. As horas apenas passam, sem motivos, sem razões. Ele foi o meu primeiro amor, homens houveram, outros, tivera tantos, fantasiados de paixão ou qualquer nome que pudesse dar ou haver para uma aventura tola, mas depois que o meu olhar cruzou ao dele, que os meus olhos encontraram aqueles olhos azuis naquela tarde ensolarada, não houve outro olhar que me fizesse parar por alguns instantes interessada no que seria, por trás de um olhar, todos os homens se tornaram iguais aos meus olhos, apenas seres comuns, com o meu Jamie é diferente.
– Ainda pensando nele querida? – Virei a frente do espelho, vendo a minha sogra atrás de mim, sorri fraco, suspirei em seguida. — Deveria ao menos dormir Judie, eu sei amar o Jamie, mas seu sofrimento não irá trazê-lo de volta. – Neguei, eu não o deixei de amar, porque somente a sua matéria se foi, o seu amor ainda reside em mim. – Não deixei e nem deixarei de amá-lo Sarah, nunca deixarei, a sua morte foi apenas uma separação material, ele persistiria aqui dentro de mim.
Suspirou vindo até mim. – Sim, tens razão, ele se foi em corpo, mas olhe para você esta acabada, o que ele diria se a visse assim?– Olhei-me até virar-me para o espelho, sorri fraco. – Esta magra, muito magra, disseram que você não vai à academia a mais de um mês, sei que a morte do meu filho foi trágica, mas temos que seguir. Judie. – Suas mãos acariciando os meus ombros me fazem sentir que não estou sozinha, apesar de me sentir assim o tempo inteiro.
– Irei voltar, Sarah, ainda não tenho forças para sair daqui, para voltar e ele não... – Olhei para a sua cadeira, junto a mesa das anotações, sorri fraco, até ela não é mais a mesma com a sua partida tão precoce. Sarah caminhou até a mesma, ao tocá-la. – Não toque Sarah, deixei-a como estar, foi o último lugar que ele esteve antes de vir para os meus braços. – Pedi, mas as suas mãos percorreram a mesa, lado a lado, abriu a gaveta atentamente, observou as anotações.
– O que são estes papéis? – Dei de ombros, lhe olhando. – Os seus escritos, o Jamie escrevia muito, poesias, anotações de pequenos trechos que...
– Isso estaria no seu caderno e não numa gaveta, JudHie tem certeza que não sabe que se trata todos esses papeis? – Sorri fraco, já havia dito o que é. – Anotações, poesias e escritos habituais, pode parecer que o Jamie era organizado, mas ninguém... – Fora retirando os papéis, a medida que os olhava me olhava em reversas. – Judhie isto são... são contas? – Franzi o cenho ao me aproximar, como contas? – Não, não são... – Aproximei-me mediante fora, passando uma a uma, cartas e mais cartas brancas e amareladas, com selos caindo ao chão.
Caminhou até o sofá, sentou-se passando entre as mãos, as que foram caindo fui pegando, banco, aviso de débito, a medida que fui lendo apenas os títulos, estava mais difícil entender. – Não acredito a casa? – Ela vociferou, me fazendo levantar do chão. – O que tem a casa? – Indaguei receosa, sorriu nervosamente. – Como me pergunta o que tem a casa Judhie? Você deixou tudo nas mãos dele? Como pode confiar cegamente em alguém?
Assenti. – Em que mãos deixaria Sarah? Seu filho entende de fin... – Caminhei a me explicar até que parou de olhar-me, fitando os olhos nos papéis mais uma vez. – Tem apenas um mês para desocupar a casa, o que vai fazer? – Engoli em seco, arranquei a carta aberta em sua mão, deslizei os meus olhos rapidamente de um parágrafo a outro, em todas as cartas cobravam uma alta taxa de valores, um bom montante fora tomado em empréstimos.
– Aposto que não tem conhecimentos disto. – A frase fora dita num tom de reclamação, apenas neguei ainda olhando os papéis, até chegar a carta de desapropriação. – Ele... ele guardou isto de mim, mas… – Prendi os lábios em tensão, pela primeira vez Jamie me deixa com raiva sem haver dialogo. – Evidente que sim, Judhie! – As lágrimas vieram aos seus olhos, enquanto os meus buscam compreender o que esta acontecendo.
– Mas não é possível, o Jamie sempre foi ótimo com as contas, eu nunca precisei me preocupar, todas às vezes que lhe questionará, ele... – As palavras saíram em voz alta me deixando ainda mais nervosa. Ergui a mão deixando tudo de lado, elas não teriam valor agora, atirei todas no sofá. – O que vai fazer? – Neguei perdida, desorientada.
– Vá ao banco ver o que pode ser feito, ele está morto! – Joguei-me no sofá em seguida, sem forças ou coragem para nada. – Não tenho condição nem mesmo de pensar sobre isto, acha que o Jamie me deixaria nesta situação? – Revirou os olhos ao me escutar, bem, ela é sua mãe, mas uma mãe que dá preferência a nora ao invés do filho. – Estou indo, caso queira ir ao banco me avise! Irei com você querida!
Olhei-lhe pegando as sacolas, vários pensamentos vieram a minha cabeça, hipoteca, dívidas, Jamie morto, tudo é tão impossível que não há como fazer sentido, para mim, nada disso faz sentido. Peguei as cartas abaixo de mim, uma a uma, infelizmente não tenho, mas o meu amor aqui, se ele estivesse aqui eu não teria descoberto nada disso, ele estaria lá brigando por mim, por nossas coisas, olhei cada carta, cada data nelas, cada valor.
Suspirei fundo, notando que as lágrimas me vencem mais uma vez, ao rolar pelos meus olhos, antes viúva aos trinta, agora viúva desabrigada e endividada, o nosso padrão de vida sempre foi elevado, só não imaginava que seria tão caro desta forma, a tarde cessou, a noite chegou trazendo a escuridão e com ela mais uma vez a sensação de estar sozinha, a caneta no porta caneta não se move mais, tampouco a cadeira arrasta ao seu levantar continua imóvel, parada, sem um mero balançar.
A cama é fria, é vazia, sem suas mãos a me acariciar, me fazem sentir na pele a dor de perder, apenas quem já perdeu o seu grande amor pode entender, as lágrimas descem rotineiramente, nunca acreditei em almas, espíritos, mas adoraria que se ele pudesse vir até a mim, uma única vez se quer, que visse, me aquecesse com as suas palavras, colocasse para adormecer outra vez, e de repente ficasse tudo bem outra vez.
Mas por mais que eu tente, não consigo, é angustiante, é doloroso, não sentir a sua mão apertando os meus ombros, me perguntando como foi o meu dia outra vez. Trazer a xícara de chá quente, doce e delicioso capaz de aquecer até mesmo a alma que já se esfria por dentro, deslizo a mão pela cama, onde está o meu amor? Me pergunto angustiada, será que realmente existe um paraíso para pessoas boas como você?
Ou um inferno para as pessoas ruins? Conviver com pessoas boas e ruins após a morte dá no mesmo, já que temos que conviver com todos os tipos aqui, tendo que descobrir no dia a dia quem é quem. Me deito tentando me refugiar na minha solidão, alguns dizem ser liberdade, mas no meu solitário fim de noite é apenas tristeza, não é possível sentir nada além que tristeza mediante a tudo isso que me acontece. Rolo de um lado a outro na cama e nada acontece, tédio, exaustão pelo nada, pelo vazio que vaga dentro do quarto, dentro de mim, não há mais nós, apenas lembranças.
- Hendrics por favor vá embora, fique com os meninos, eles precisam mais de você agora do que nunca. - Ainda esperava a resposta do júri quando Judhie me pediu isso, sim, era verdade, o caso havia se espalhado, a justiça prometeu investigar quem deixou vazar desta maneira.Tive que voltar pra Itália, os meus filhos necessitam muito de mim, o resultado saiu, ela foi absolvida, agiu em legítima defesa. - Acha que eu devo esperar ou fazer o convite?- Perguntei agoniado do outro lado da chamada.- Ela está confusa Hendrics, desde que foi liberada não sai do quarto, talvez será preciso lhe dar um tempo primeiro, deixe a ir, esfriar a cabeça ela está muito abalada com o que aconteceu. - Esperei por dois longos meses, lidando com filhos malcriados, exigentes, birrentos, negócios, além do mulçumano vivendo uma vida regado a mel e felicidade, fazendo questão de me contar sobre as suas descobertas de um mundo que ele diz ser fantástico.Pra piorar, ainda tornou-se pai de uma menina, Jasmine é t
Escutar os meus filhos dizendo tristes que não poderia tocar em mim por causa de um vestido, machucava na minha alma, olhei de um a outro tão decepcionados olhando o tecido branco. - A partir de agora só quem pode tocar na mamãe é o papai, lembram do combinado? - Augusto e Juliano se entreolharam. - O papai? O papai esta lá fora? Meu Juliano falou negando com a cabeça, ele sempre saberia quem é o pai, isso ninguém mudaria. - O papai está lá fora?- Augusto indagou já ganhando a porta, talvez ele tivesse razão em preferi ao pai, não me atentei a Juliano, enquanto o observa sair. - Você é o cérebro da dupla, porque sinto que não preciso lidar com o idiota do seu irmão. - Olhei para Joshua segurando o queixo de Juliano apertando com força, fazendo as suas bochechas ficarem vermelhas. - Joshua você não disse o que...Mas ele não me olhou, ergueu a mão para castigar o meu filho na minha frente, e sem pensar duas vezes me coloquei no meio. - Vai Juliano. - Recebi o tapa na saia do vestido,
Após os dias mais cinzentos do que eu poderia imaginar, foi até motivo de zombaria quando ela chegou em casa se jogando no sofá, havia dias que Rachel estava mole, achavamos que por tudo que havia acontecido no não casamento de Judhie e Joshua, a mídia sempre em cima, nos estressando, nos deixando louco, quando o foco deles também viraram nós dois. O meu reconhecimento de parternidade de Jasmine veio a público fácil, e em seguida o inevitável, eu não me importava nenhum um pouco que soubessem, mas ainda não havíamos dito a Jasmine, Rachel por medo ser amante, não é algo fácil, não era algo decidido, mas tudo foi para nas redes, jornais, estamos juntos, saidas juntos, e logo em seguida uma relação que havia começado antes do meu casamento.Rachel mostrou-me o braço zombando do curativo ao ter ido ao médico. - Coletaram sangue, o médico achou aconselhável fazer um exame de gravidez, o que acha? - Sorri fraco, tinha minhas incertezas, e não havia condições alguma de termos um filho, ape
Foram dias traçando planos, dias sentando com Kaled e Rachel para ajustarmos uma possível fuga, quando Fernan me ligou avisando que há dias havia chegado o convite para mim e os garotos, estava na mansão Valentim, ele não sabia do feito, porque a empregada não passou por estar fora, não sabia se Joshua realmente me queria no casamento, ou era apenas um teste. Os garotos estavam seguros, pensei em não ir enquanto havia certeza, mas do colégio não conseguimos entrar em contato com ninguém a poucas horas, quando a superitendente disse que foi algo solicitado pela mãe, enlouqueci, horas antes, tivemos que pensar em plano B, ir ao casamento, resgatar os meus filhos, enquanto Kaled lidava com o ele. Juntamente a Esmênia cheguei ao casamento, acompanhando Rachel e Jasmine, já que o mulçumano tinha que estar por perto dele, dando-lhe toda a credibilidade pelo feito, passando segurança, entre bebidas, vendo poucos convidados, quando ele chegou até mim. - Namorada, Valentim?- Analisou Esmênia
- O que achou do jantar com a sua família, querida? - Observavámos os convidados irem embora, quando no jardim Joshua me perguntou, não me senti eu mesma perto deles, apesar que a minha relação com o meu pai, não melhorou nada após ter feito Kaled e Hendricks mudarem de noivas, eu queria olhar para ele, e lhe perguntar o que ele pretendia, mas pela mensagem que me mostrou mais cedo, apenas sorri, passando o pé no gramado. - Sinto saudade de ficar aqui fora, senti este ar fresco, sem interferência do ar condicionado, gostava de vê-lo jogando golfe, rindo, falando as sus ideias mirambolantes. Deu passos, com as mãos nos bolsos da sua calça a me olhar. - Não gosta quando vou ao seu quarto todas as manhãs? Lamento não passar mais tempo com você, o mundo hoje é dependente de teconologia, ele cada vez, exige mais da capacidade de quem tem, para ajudar a quem não tem, devia sentir-se orgulhosa, por ter alguém tão inteligente, capaz ao seu lado. - Dei apenas um passo para ele, sentindo a sua
Rachel não levou a sério, mas ao ver todos os meus advogados reunidos, me olhou incredula. - Você não vai fazer isso. - Porque eu não faria, me reuni com todos na minha sala, estando presente como minha assistente, ela presenciou tudo, a vida já me provou várias vezes o quanto pode ser improvável, uma hora vivo, outra morto, nunca se sabe, assinei as folhas lhe vendo inquieta a me olhar. - Posso saber porque está fazendo realmente isso? Falou com a sua esposa sobre isso? - Nem mesmo esperou os advogados sairem para me afrontar, rubriquei as ultimas páginas lhe contrariando ainda mais. - A Maria Eduarda herdará o que for construído após o nosso casamento. - Desceu os olhos por meu corpo, lentamente. - Porque isso senhor? Está doente? Não se sente bem? - Debruçou sobre a mesa colocando a sua mão em minha testa, desci os olhos em seu decote, vendo os seus seios sobre a mesa, preso ao sutiã delicado de renda rosa, o tecido salmão do vestido. - O que sente? - Ela até poderia continuar, s
Último capítulo