Capitulo VIII- Judhie Houston

Após a visita estranha do Valenciano, me vi fora de mim, apenas fechei a porta entrei pra dentro de casa em completo desespero, ele estava tentando ser gentil, mas não, nenhum deles são, peguei o meu celular disquei algumas vezes para a minha mãe. — Mãe por favor assim que ouvi este meu recado por favor liga pra mim, estou em apuros, o Jamie morreu, mãe, estou devendo a mafiosos, estou perdendo a casa, mãe por favor me liga. 

Este não foi o único recado, as mãos tremiam enquanto outros foram sendo deixados, a maneira como aquele homem me tocou, me contornou-se para baixo dele sobre o o sofá, lembrou-me do menor detalhes de todos, o que eu pensei que havia sido enterrado com o meu falecido marido. O atrito em nossos corpos, a maneira como ele me segurava com força, o perfume inebriante entrando em meu nariz, não era amor, jamais sentiria isso por outro homem. 

Quando o celular tocou sobre o sofá, corri para pega-lo, sorri ao ver o nome mãe na tela. — Oi mãe! — Atendi sentindo que a minha salvação estava ganha. — O que você quer? — Não era a voz dela que veio, era outra, completamente diferente que eu conheço muito bem. — Quero falar com a minha mãe, onde el...

— Já disse que não deve procurar ninguém desta casa ou desta familia, você esta morta para todos nós! — Abri a boca para poder responder ao meu pai, mas o mesmo desligou de vez em minha cara, o que eu fiz para merecer tanto desprezo, tanto desamor da sua parte, liguei novamente, e desta o numero deu inexistente. Tentei diversas vezes, com a sua relutância em dá inexistente liguei para casa. — Alô! 

Veio uma voz fina, familiar. — Oi Amélia, tudo bem, sou eu Jud.... — Ouvi quando o som foi batido, o telefone foi desligado em seguida, engoli em seco, mas desobediência, rebeldia sempre foi o meu nome, insolência sobre, de todas sou a mais parecida com ele.  Liguei novamente, tocou, tocou, uma vez desligado, duas, três vezes, insistir. — Pai por favor me ouve. — Disse assim que atendeu, ele sempre me amou tanto. 

O silêncio persistiu. — Pai por favor apenas me escuta, o Jamie morreu papai, ele esta morto, eu não quero que o senhor me aceite de volta em casa, mas eu estou com problemas, a casa que eu tenho esta hipotécada, em menos de um mês irei perde-la, fizemos emprestimos, estou devendo a tantas pessoas pai, temo não ver a luz do amanhã, pai se o senhor ainda tem...

— A minha filha mais velha Penélope Ward esta casada, morando em Milan, a minha filha mais nova Olga Sarfield nesse exato momento esta na Tailândia, em busca de estudos medicinais, quanto a minha filha do meio, senhora, a minha filha esta morta, lamento informa-la, mas não reconheço nenhuma outra filha, e para a senhora o que posso desejar é uma dolorosa e bruta morte. 

Engoli em seco, as lágrimas vieram, nem precisei desligar o telefone ele o fez, o desespero tornou-se maior, pensei que todos esses anos seu ódio diminuiria, ter rejeitado o noivo do casamento arranjado que ele arrumou, para fugir e viver o meu amor com Jamie, pensei que um dia fosse entendido, fosse aceito, as lágrimas desceram, a maneira fria como ele me desejou uma bruta e dolorosa morte, não era errado. 

Não importava se estou certa, se sou inocente, feri o seus sentimentos, e isso é imperdoável, sentei-me no sofá buscando apoio em mim mesma, Jamie não esta mais aqui para me fazer acreditar que terá uma solução, ao levantar ir até a adega, havendo apenas três garrafa de vinhos, era o necessário para me fazer dormir outra vez. 

Desta fora bebendo e revivendo tudo que fiz, era apenas uma jovem de dezoito anos, mimada pelo meu pai, Sarfield, todos sempre souberam que eu era a garota dos seus olhos, ele me dava o que eu queria, mas o que me prendia mesmo era apenas duas coisas, o seu colo, e a arte, o primeiro eu somente perdi quando aquele alemão me foi apresentado Aaron, o homem é como uma especie de minotauro, em uma hora de conversa, falou mais de morte e sangue do que a própria guerra. 

Mais que dois metros de altura, eu não sobreviveria aos seus toques, e maneiras brutas de ser, o rejeitei pelo poeta, pelo professor que declamava poesias, que lia enquanto acariciava meus cabelos embaixo da macieira, Jamie sim, sabia tocar a minha alma. Mas a minha irmã mais nova descobriu, Olga não apenas descobriu como revelou tudo ao meu pai. 

Eu não era mais moça, me entreguei a ele dentro das plantações de lavanda, para mim era o lugar mais lindo, mais fabuloso, e desde sempre Jamie foi o meu grande amor, até papai mandar escolher, entre Jamie e a nossa família, eu não ia saber como viver sem ele. Não mais, ninguem mais ia querer a filha de um mafioso tocada, eu não era mais pura, isso só pioraria a situação da nossa familia. 

E nem mesmo sobreviveria sem os chamegos, as maças colhidas maduras, as poesias, e até mesmo o café da manhã com uma rosa colhida delicadamente na cama, Jamie foi o meu grande amor, que me fez escolher entre todos os outros, com medo do que pudesse vir a acontecer comigo, minha mãe deu-me esta casa. 

Mal tinhamos lugar para dormir, mas razões para nos amarmos sempre, aos poucos ele foi perdendo todas as suas aulas de literatura, não tenho como não suspeitar que isso não tenha sido uma atitude do meu pai, ele investiu na sua carreira de escritor, enquanto eu, continuei na dança.  As lágrimas foram descendo sem parar, enquanto de goles em goles virando a garrafa na boca, fui a esvaziando aos poucos. 

Como seria a minha vida se eu tivesse me casado com Aaron, como Ketelyn um dia com o olho arroxeado, no outro a mandibula mordida, as suas desculpas cada vez são mais frustadas, ou como a minha irmã Penélope que tem um filho a cada ano, quando é menino ganha ouro, jóias, passeios, e quando menina o marido passa dias sem ir ao seu quarto. 

Eu não queria nada disso pra mim, não para a minha vida, todos os toques que Jamie deu e fez em meu corpo foram em sinais de amor, os seus olhos verdes ao vagar em cada pedaço de mim, era como desvelar uma obra de arte, e foi nesse amor, que ele me ensinou que o casamento é a coisa mais doce, mais pura, que não há razões para valores invertidos, homens e mulheres compartilham dos mesmos deveres. 

Adormeci mais uma vez no sofá, talvez assim seja mais fácil para mim, quando acordei os flashs dos raios ultra-violetas invadindo os vidros das janelas de casa, suspirei profundamente, a minha vida não havia mudado muito de ontem pra hoje, e mais uma vez subi as escadas acima, desta não me joguei na cama, segui para o banheiro, tomei um longo banho, as palavras do meu pai me desejando uma dolorosa morte oscilaram em minha cabeça. 

Passei dois dias no mesmo processo, recebendo as visitas da minha sogra, praticando balet, indo ao comércio em busca de um lugar para morar, mas moradia por aqui é tão díficil arrumar, cheguei em casa com algumas marmitas de comida que Sarah me deu pra a semana, com o meu mês de afastamento da academia, só receberei pagamento mês qe vem. 

As caixas que arrumei, aos poucos tive que ir desarrumando, precisando dos utensilios, a vida de princesa longe do castelo não é tão fácil como imaginei, coloquei uma musica suave soul, enquanto arrumando as louças que uso diariamente, deixei-me levar, a garrafa de vinho ao lado da taça semi cheia, o cheiro de alecrim no ar, me faz ficar um pouco relaxada. 

Deslizei a mão direita pelo pescoço, ao sentir a sensação de cansaço, os dias passam a gente começa a se acostumar com a ausência, Jamie fazia isso tão bem, que nem mesmo eu fazendo é tão bom como ele sabia fazer. Mas entre taças de vinhos e afazeres, vou me ocupando, arrumando aos poucos. Ao sentar-me para arrumar os livros na prateleiras, virei-me até notar os sapatos pretos, subi os olhos sobre a calça preta de tecido refinado. 

Chegando ao paletó, a blusa branca, suspirei. — Veio me cobrar outra vez? — Fui direta, levantei-me em seguida, curiosa, como ele consegue entrar aqui sem fazer barulho ou arrombar, irei colocar um tranca enquanto eu posso. — Mais uma semana queridinha! — Ergo a minha sobrancelha para olha-lo, umedeço os meus olhos a lhe encarar, meu pai disse que devo ter uma morte bruta e dolorosa, que incrível não? 

— Pode começar a cobrar! — Dei as costas no exato momento que lhe disse, passei pela cortina de miçangas, indo em direção a cozinha, peguei a taça virei nos lábios, pronta para matar a curiosidade de como seria um tiro, eles são todos covardes, matam como querem, sejam meninas, mulheres, garotos, velhos ou homens. 

— Posso? — Senti o seu peito em minhas costas, o olhei por cima dos ombro, apenas fiz bico, virei-me outra vez bebendo meu último gole de vinho, até sentir o seu braço em volta do meu pescoço, num aperto, a outra desceu ao meu seio abaixando o meu vestido, a sua boca começou a deslizar o meu pescoço. — O quê que.... —A sua boca quente roçando em minha pele, a outra mão indo em direção aos meus seios, apertando, apalpando. 

— Tô cobrando minha dívida! — Abre a boca sem ter condições alguma de falar, a mão indo ao seios desceu para o vestido, ao arrastar a calcinha. — Moço mas... — A mão em volta do meu pescoço dedilhou os meus lábios. — Nada de bebidas alcoolicas. — Ao virar a minha cabeça para o seu rosto, a sua boca chupou os meus lábios, enquanto os dedos embaixo me tocando eram grossos. 

—  Oh Jamie! — Senti a sua lingua penetrar em minha boca, o gosto de alcool em sua boca, misturou-se ao meu, mordendo o meu lábio, enquanto os dedos não pararam de mover-se dentro de mim.  — Abre as pernas! — Rosnou em minha boca, obedeci, sentindo que ia me arrepender disto.  

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