Ponto de vista de Lívia
— Vamos Lívia não tenho tempo a perder, abre logo essa porta! A voz da minha mãe do outro lado da porta se faz presente, e logo penso que diabos ela quer aqui? Ando de forma lenta até a porta, e ela grita novamente meu nome.
Minha mão vai até a maçaneta ainda pensando se devo ou não abrir, mas logo que destranco a porta, ela nem me dá tempo de reagir, pois já vai abrindo a porta e adentra minha casa, eu só consigo recuar e dar espaço para ela passar. Ela olha ao redor, faz uma careta enquanto vai até minha geladeira na cozinha, a abre pegando um refrigerante que acabei de comprar.
— O que faz aqui? Não te passei sua “mesada” desse mês? Pergunto com raiva, tanto pela forma como entrou aqui como por ter interrompido algo que estava tão bom e prazeroso.
Minha mãe é um furacão de más decisões. Um péssimo exemplo de mulher — e de ser humano. Nunca conheci meu pai, e os homens que ela levava pra casa sempre deixavam rastros de briga, cheiro de álcool e medo. Alg