Ponto de vista de Lívia
Abro a porta da minha casa, respiro fundo e coloco as compras que fiz no mercadinho próximo. Guardo algumas coisas, enquanto separo um pacote de pão de forma, queijo e presunto, espalho um pouco de maionese, adiciono duas folhas de alface, vou até a pia e corto um tomate-cereja, finalizando meu sanduíche, que mordo com vontade e ainda um pouco de raiva.
Você não pode sumir igual àquela vez? Pelo menos um pouco. Estou novamente nervosa, pois Lucian não para de me encarar.
– Droga! – xingo, enquanto vejo Lucian parar na minha frente e ficar me olhando comer, de braços cruzados, como quem diz que não vai a lugar algum.
Acabo me pegando rindo um pouco ao lembrar do quanto ele ficou empolgado e até mesmo surpreso com a tecnologia; achou incrível meu celular e o aplicativo que possibilitava autoatendimento. Parecia nunca ter visto algo assim, mas, pensando bem, é provável, já que esteve preso naquele anel por sabe-se lá Deus quanto tempo.
Mas a pior parte é que