APRIL
Gabriel nos conduziu até um iate de luxo, digno das páginas de uma revista, e eu não conseguia acreditar no que via. Era o iate mais lindo que eu já tinha visto em toda minha vida. Ao entrarmos, fomos recebidos por uma moça com um uniforme elegante e um sorriso simpático.
— Bem-vindos ao iate Perséfone, senhor e senhora Salvatore — ela disse com uma voz suave e calorosa. Vou fingir que não ouvi o “senhora Salvatore”, apesar de me arrancar um sorriso tímido.
— Eu me chamo Âmbar e estarei à disposição para atendê-los esta noite.
— Muito prazer, Âmbar! Que nome lindo! — respondi com simpatia, mas então percebi algo. — Espera, iate Perséfone?
Virei-me para Gabriel, e o vi sorrindo com aquele sorriso safado, o mesmo que sempre fazia meu coração acelerar.
— Você não me disse que queria um iate para passear com as crianças nos finais de semana e para relaxar? — pergunta, com um toque de brincadeira.
— Eu disse isso há muito tempo, como uma piada, amor — respondo, com a voz ainda trêmul