Marius veio me ver no dia seguinte, ele tinha um semblante triste, mas nada que pudesse dizer que ele havia acabado de perder a filha, após uma breve discussão com Casth, decidimos não contar sobre nossa descoberta no assassinato da filha dele, até por que não sabemos até que ponto Alex está infiltrado aqui no norte, e nem o por que ele matou a jovem, após um levantamento do Casth e alguns soldados descobrimos que todos achavam que a jovem tinha caído ao se inclinar para limpar a janela ou se jogado, então achamos melhor deixar assim, por enquanto.

mostrei a Marius minha ferida, que começa no tórax onde fui atingido e se alastra pelos membros inferiores e superiores do lado esquerdo, a curandeira que me atendeu no campo de batalha disse se tratar de uma maldição, mas até agora ninguém achou a cura, se não fosse pelo meu sangue real eu já teria morrido a muito tempo, estou ficando sem tempo, então Marius e meu último recurso, se ele não conseguir descobrir do que se trata essa maldição, duvido que alguém consiga a tempo.

"vossa majestade, isso está além da minha compreensão, no entanto se o senhor me permitir eu vou estudar o material coletado e procurar uma cura", o que Marius disse deixou o rei irritado, ele não quer estudos, ele precisa de algo agora e urgente, "quanto tempo você precisa para examinar?", foi a única coisa que o rei disse, Marius percebendo que o rei não ficou animado com sua resposta emendou, "farei o mais rápido possível vossa majestade, começarei a trabalhar agora mesmo", e se levanto fez um reverência e saiu.

"você não prefere ir até a capital e falar com Marion, ela com certeza poderá ajudar", disse Casth, tudo que o beta real queria era levar o rei até a grande bruxa branca, mas o rei não quer que todos na capital veja seu estado, principalmente os anciões, as coisas podem ficar mais difíceis se descobrirem que o rei foi ferido e não está conseguindo se curar, "já falei que não Casth, não quero aqueles abutres perto de mim, e não tenho cabeça para lidar com os assuntos da capital agora, temos uma guerra para vencer, não posso ficar lidando com atos políticos", Casth assentiu e completou "vou ficar de olho no trabalho do curandeiro, ver se ele tem algum avanço ", levantou e se retirou, deixando o rei com seus pensamentos.

Os dias foram passando, e Marius não conseguia chegar a lugar nenhum, todo relatório que Casth trazia era o mesmo, sem novidades, o rei estava ficando a cada dia mais impaciente e o fato de sua besta não estar querendo sair o deixava ainda mais irritado, Dorian não contou nem a Casth que sua ligação com sua besta estava instável, ele sabia que isso era alarmante e precisava resolver isso antes que viesse a tona.

Então no décimo quarto dia desde sua chegada ele teve uma centelha de esperança, quando acordou não teve vontade de ir a biblioteca e sim vontade de correr, sua besta queria sair. o rei se transformou ainda no quarto e saiu em disparada pela porta, os guardas quando viram a grande besta branca real se curvaram, a besta real era a única branca no mundo, ela e a mais letal, mais rápida, mais forte, com um poder dado pela própria Deusa, somente o rei se transforma na besta branca.

Dorian correu sem rumo, parou somente quando chegou em umas colinas atrás do castelo, ali sua besta começou a caminhar sem rumo, eles podiam ouvir os soldados da guarda real ao longe, eles sempre iam aonde o rei ia, até que algo chamou a atenção de Dorian, o cheiro que ele sentiu quando estava a caminho do norte, estava aqui, bem fraco, mas estava aqui, a besta seguiu o cheiro até uma árvore, parecia que a dona do cheiro esteve ali, Dorian não saberia dizer quando, pois o cheiro estava muito fraco, até mesmo para o super faro da besta real, um lobisomem comum não conseguiria sentir esse cheiro, sua besta deitou em baixo da árvore, e deu a Dorian o que pensar, por que esse cheiro ataria tanto a sua besta, desde a morte de sua companheira sua besta nunca mais havia se importado com o cheiro de outra mulher, por que agora, e por que justo agora quando a ligação com sua besta está diferente.

Dorian tentou acessar o elo que permite que sua besta e ele tivesse os mesmos pensamentos, mas sua besta se fechou e ele foi obrigado a voltar a forma humana, ali embaixo daquela árvore Dorian passou a manhã inteira, pensando em tudo o que estava acontecendo, e só voltou a focar no presente quando casth o chamou pelo elo mental "Dorian o alfa Lucian está pedindo uma reunião com você, fez um convite para almoçar no castelo principal", Casth vendo o silêncio do rei e sabendo o que o rei responderia emendou, "já e a quinta vez que ele o chama ao castelo, está ficando chato, você como convidado precisa aceitar", Dorian não gosta da companhia do alfa mas decidiu ir principalmente ao perceber que sua besta também estava ouvindo a conversa atentamente, "chego aí em alguns minutos" falava o rei enquanto se transformava e começava a correr de volta a torre leste.