CAPÍTULO 1
CAGE
Eu estou caçando quando a vejo.
Está escuro, chovendo, e as luzes da rua brilham com um brilho pálido de pêssego no asfalto molhado. Ela pisa em uma poça, para todo o seu corpo e sorri.
Mesmo de onde estou, posso ver aquele sorriso. Eu sinto minhas sobrancelhas franzirem enquanto a observo.
Seu guarda-chuva rola para o lado enquanto ela olha para o céu, suas ondas loiras grudando em sua pele, e abre a boca para sentir o gosto da chuva. Nojento, penso comigo mesmo.
A poluição deste fim do mundo contamina a merda da chuva, e lá está ela, deixando respingar em sua língua sem se importar com o mundo.
As pessoas a encaram enquanto a contornam com uma carranca irritada. Mais uma vez, ela não parece se importar.
Ou talvez ela simplesmente não perceba?
Eu lanço meu canivete em minhas mãos, um hábito nervoso que não consigo me livrar. Posso sentir meu demônio ronronar dentro de mim.
Ele irradia pelo meu peito, desce pela minha espinha e deixa minhas pernas tensas. Est