Thayla
Gabriel está demorando muito e meu alerta dispara. Se ele estiver aprontando, eu juro pela minha avó mortinha que ele nunca mais toca um dedo em mim.
— Encontrei paracetamol, Nélis! Pode ser?
Saio dos meus pensamentos quando Milena chega trazendo um remédio para Antonela, que está com dor de cabeça.
Milena tira o comprimido da cartela e entrega para Antonela, que toma com a água da garrafinha que está em cima da mesa.
— Demorou, Milena! — falei.
— Eu não encontrava em lugar nenhum. Se a Antonela estivesse morrendo, podia chamar a funerária!
— Credo, Milena! — falei rindo e balançando a cabeça em negativo.
— Mas é sério, demorei demais.
— Pronto, agora vamos! — Antonela fala após tomar o remédio, colocando a garrafinha na mesa e se levantando.
— Vamos aonde, doida? — Milena pergunta.
— Ver o que meu irmão está fazendo antes que a Thayla tenha um treco aqui!
— Está tão na cara assim? — pergunto, abrindo um sorriso sem jeito.
— Nadinha, imagine! Sua cara está um amor! — Milena diz