Alexandre

Quando finalmente encontrei o e-mail do laboratório, senti minhas mãos tremerem. O coração batia forte, um misto de alívio e emoção me atravessava. Eu já tinha enfrentado o pior medo da minha vida, e agora, sentado ao lado da Jaqueline, tudo que eu queria era compartilhar esse momento com ela.

Olhei para ela, ainda frágil, mas com aquele brilho nos olhos que sempre me desmontava. Respirei fundo antes de falar:

— Coelhinha … minha voz saiu rouca, embargada. — Você… você está grávida de um casal.

Ela me encarou por um segundo, como se não tivesse entendido direito. Então seus olhos se encheram de lágrimas e um sorriso lindo, imenso, nasceu em meio à emoção.

— Um casal? — repetiu, a voz trêmula.

Assenti, e ela se jogou nos meus braços. Aquele abraço foi diferente de qualquer outro. Era o encontro de duas almas exaustas, que tinham passado pelo inferno e agora se encontravam de novo na luz. Eu a envolvi com força, tentando conter o nó na garganta, sentindo o coração disparado c