Os fatos...
Jaqueline
Decidi observar a entrada do restaurante. Após alguns minutos a porta automática de vidro abriu-se. A mulher de cabelos curtos e de mãos dadas com um senhor de idade com barba e bigodes grisalhos, era a Leila. Ela usava um conjunto vermelho de alfaiataria, impecável. Caminhava ao lado daquele homem mais velho, mas seu semblante não transmitia satisfação. Havia algo duro e tenso na sua expressão, como se estivesse ali mais por obrigação do que por prazer.
Eles se acomodaram numa mesa mais ao fundo. Mas se sentaram e o homem puxou o celular e começou a falar em voz baixa, enquanto a Leila rolava a tela do próprio aparelho com a cara distraída. Ambos pareciam ensaiados e frios.
Fagner aproximou-se da nossa mesa com a educação cortês. A mesma de quando nos recebeu no almoço na casa do Edgar.
– Boa noite, senhora Jaqueline, senhor Alexandre. Devemos começar? Perguntou para o Alexandre.
– Aguarde só um instante. Espere o meu sinal. Irei até lá quando o maître servi-los.
– O que vo