O anel...
Jaqueline
Quando ouvi a voz do Alexandre gritar o meu nome, não parei. Ao contrário, corri ainda mais rápido, como se a dor no peito pudesse ser deixada para trás com os passos apressados. Em minha mente a cena cruelmente se repetia, a imagem do beijo entre ele e Vitória. Eu sentia humilhação, dor e decepção. Tudo de uma vez como se estivesse revivendo o impacto antes da queda. Mas foi o choque real do carro, os faróis altos e a dor que eu senti quando o meu corpo foi lançado ao chão, que me trouxe de volta para o presente.
Ouvi o grito desesperado do Alexandre em meio ao som de passos apressados. Meu corpo doía, a cabeça latejava, como se cada batida do meu coração ressoasse diretamente no corte profundo da minha testa. Houve toques cuidadosos, braços firmes que me amparou. A voz do Alexandre era abafada, sufocada pelo desespero. Mas minha mente em choque oscilava entre a dor física e a dor emocional. Me perdi na confusão dos sons ao meu redor ficando cada vez mais distantes.
Mas