Não se culpe...
Alexandre
Saí às pressas do elevador e entrei na cobertura gritando pela Jaqueline.
– Jaqueline! Gritei com o coração disparado.
O ambiente estava silencioso. Avancei rápido para o quarto.
– Jaqueline! Onde você está, amor?!
O quarto estava em perfeita ordem, mas a visão da cama me fez congelar. Sobre ela estava as roupinhas dos bebês, pequenas, delicadas e dobradas com cuidado. Um nó se apertou na minha garganta.
– Não… não pode ser…
Saí em disparada abrindo as portas do closet e banheiro. Olhei na varanda e nada. Corri até a cozinha. Rose estava lavando a louça.
– Rose, onde está a Jaqueline? Perguntei, quase sem fôlego.
– Eu… eu vi quando ela saiu, senhor Alexandre… mas já tem mais de uma hora. Achei até que fosse encontrar com o senhor.
O chão pareceu girar. Um arrepio percorreu todo o meu corpo. Me apoiei na bancada, tentando respirar, mas o ar parecia não entrar.
– O senhor está bem?
A voz da Rose vinha distante, abafada, como se estivesse dentro de um túnel. Ouvi então o toque