Alexandre

A tensão cortava o ar como uma lâmina afiada. A Jaqueline se mantinha paralisada, tomada por dor e vergonha. Me inclinei levemente para frente, os ombros tensos.

– Aline… não te conheço, mas você ultrapassou todos os limites agora. Acusar a própria irmã de se vender… é desprezível. É cruel. E revela muito mais sobre você do que sobre ela.

Ela se remexeu ao lado dos pais, tentando manter o impacto das palavras, era visível.

– Você diz isso como se conhecesse minha irmã, mas a verdade é que não enxerga nada além do seu próprio ressentimento. A Jaqueline é uma mulher, trabalhadora, íntegra, muito mais do que qualquer um que precise se justificar para alguém tão tóxica quanto você.

A mãe da Jaqueline tentou interromper, aflita:

– Por favor, gente… não briguem…

– Você pode ter comprado a minha irmã, ou conseguiu iludir essa tonta pra brincar com ela, mas a mim você não engana.

Os olhos dela ficaram com raiva e inveja. Os pais da Jaqueline se entreolharam atônitos.

– Os seus ataq