Estevão

O sol da tarde tingia o céu com tons dourados enquanto eu e Malu caminhávamos lentamente pelo condomínio. Nossas mãos entrelaçadas balançavam suavemente e vez ou outra ela se apoiava no meu braço com o riso contido.

– Agora parecemos mesmo um casal…

– Mas nós somos um casal, Malú. Beijei seus lábios com carinho.

Chegamos à casa da Helena. Malu destrancou a porta com cuidado e entramos de forma furtiva. Rimos em silêncio e nos esprememos pelo hall até o quarto. Me sentei na beira da cama, enquanto Malu foi até o closet se trocar. De repente, uma batida soou na porta.

– Malu? Era a empregada. – Você quer alguma coisa pra comer?

– Não, obrigada! Já comi na rua.

– Ah, tá certo, já estou de saída. Sua tia saiu cedinho e ainda não voltou.

– Tá bom, obrigada, Lara.

Quando o som dos passos se afastaram, Malu correu até mim e pulou no meu colo com um sorriso travesso.

– Você gosta de viver perigosamente, hein? Disse rindo, enquanto caímos deitados sobre a cama.

– Gosto sim e principalm