Jaqueline
Quando eu finalmente me retirei da sala do Alexandre, caminhei em direção a minha mesa sentindo o peso da nossa conversa latejando em meus ouvidos. Meus olhos ardiam, mas não por lágrimas, e sim por raiva. “Maldita noite que eu dormi com esse homem!”. Alexandre é um homem frio, impiedoso e cruel. Mas se ele acreditou que eu me curvaria a ele, se enganou feio.
Mesmo que as palavras dele me cortassem como lâminas, eu me mantive firme. Também não havia necessidade de tanto drama por causa de uma rosa, ele foi extremamente rude. Me sentei apertando os punhos e engolindo meu orgulho ferido.
Comecei a organizar a sala de conferência e após imprimir alguns documentos e dividi-los em pastas comecei a organizá-los sobre a mesa, quando ouvi a porta abrir. Um homem alto e bonito entrou com passos confiantes, mas com um leve toque de timidez em seu sorriso. Os óculos de armação escura deram-lhe um charme intelectual. Meio desajeitado ele sentou em uma das cadeiras deixando vários papeis