Coincidência curiosa...
Jaqueline
A BMW cruzou os portões da mansão e deslizou suavemente pelo caminho de paralelepípedos que cortava o imenso jardim. Na luz do dia, tudo parecia ainda mais impontente. O gramado perfeitamente aparado, os arbustos milimetricamente podados e as estátuas de mármore branco reluziam sob o sol da manhã.
Alexandre estacionou o carro com precisão diante da grande entrada principal. Depois de me ajudar a descer do carro, saímos lado a lado em direção a imensa porta. Durante o percurso, flashes da noite da festa invadiram a minha mente. O som estridente do susto, a sensação de ser arremessada, a dor… Por um instante senti meu peito apertar. Alexandre percebeu o leve tremor nos meus dedos e apertou a minha mão com firmeza.
Dois funcionários nos aguardavam na porta. Uma senhora elegante, vestida com sobriedade e um rapaz jovem com um sorriso cordial no rosto.
– Boa tarde, senhor Ridell, senhorita Jaqueline. Disse ele com um aceno de cabeça. – Sou Fagner, e fui encarregado de acompanhá-l