Apenas nós dois...
Gustavo
Após o jantar me servi de uma taça de licor. Enquanto isso eu observava a iluminação do jardim através das janelas. Foi então que vi a Lívia caminhando pelo jardim próximo a entrada principal, conversando animadamente pelo celular. Abandonei a taça em cima do aparador e fui em direção à ela. Me aproximei com passos leves e cuidadosos e a observei em silêncio. Assim que ela encerrou a chamada me aproximei de uma vez.
– Que susto, Gustavo! O que você está fazendo aqui? Precisa chegar assim, desse jeito?
– Eu estou em minha casa, e só para constar… fiz um gesto com a mão. – Todo esse jardim é meu, portanto faço o que eu quiser.
Ela revirou os olhos e tentou passar por mim.
A segurei pelo braço de forma firme, mas sem machucar e a arrastei para trás de uma das estátuas do jardim.
– Qual é o problema agora? Ela sussurrou encostada na estátua. O olhar era desafiador, mas eu sentia seu nervosismo.
– O problema, Lívia, é você achar que pode brincar e não ter consequências. Minha voz s