Capítulo 3

— Não Acredito que a Ana está me fazendo ir nessa festa, eu não gosto desses lugares — reclamei, enquanto terminava de me arrumar.

Ouvi o muxoxo do meu pai, que estava parado no meio da porta do meu quarto, ele não estava satisfeito com a falta de ânimo que eu fazia questão de mostrar.

— Minha filha, você precisa se divertir, a Ana só quer animar você — falou, tentando mudar meu humor.

Fui até ele e beijei sua bochecha.

— Eu realmente não sei porque vocês acham que ter uma vida sossegada, no conforto de casa é ruim. Eu gosto da minha paz, isso não é anormal, é ótimo! — continuei com seu posicionamento, fazendo-o rir, enquanto fechava a porta.

Eu joguei o hobby na cadeira da penteadeira e fui até o guarda-roupas no canto direito do quarto, escolhi uma calça jeans azul e uma camiseta branca, o look iria combinar perfeitamente com meus tênis all star pretos; para finalizar um colar simples com o pingente de fênix que o Luigi me deu de presente, eu amo. Ah, e não podia esquecer dos óculos, sem eles eu não enxergava nada.

— Uau, que filha gata eu tenho! Você, como sempre, está linda minha princesa — meu pai falou orgulhoso, é assim todas as vezes que olha para mim.

— Bela, está pronta? — A voz da Ana soou, vindo da porta.

— Estou sim. E vamos logo antes que eu desista — peguei minha bolsa, o telefone e saí.

— Nossa, que gata, olhos azuis, hoje você vai arrumar um boy! — Ana me abraçou, rindo. Ela usava um vestido vermelho, curto e saltos altos, maquiagem bem feita e seus cabelos loiros presos de lado.

— Que isso, hein! Com duas mulheres tão gatas, eu vou arrasar na festa — Luigi, sempre com suas pérolas.

O Luigi é como um irmão para mim, sempre me protegia, desde criança nós estamos sempre juntos, a mãe dele ajudou muito o meu pai quando fomos abandonados, ele não sabia como cuidar direito de mim e foi a tia Cíntia, que era nossa vizinha, quem ensinou, no final viramos uma grande família.

Seguimos para a área da festa, muito animados e ouvindo música alta. Após quarenta minutos, passamos pelos portões do clube da mineradora. O estacionamento estava lotado e o lugar cheio de pessoas bem vestidas, e alguns com carros importados.

— Olha isso! Caramba, isso aqui está lindo, olha só o nipe dos carros, só carrão — Luigi falou empolgado, avaliando os carros, ele tem uma pequena oficina e é apaixonado por automobilismo.

— Luigi, já pensou você com um camaro ou um audi desse, ia chover mulher pra você — Ana provocou.

— Eu não preciso disso para chover mulher pra mim, eu sou gato e tenho uma pegada inesquecível — ele respondeu, passando a mão no rosto, convencido. Ele tinha razão, era realmente muito gato, é moreno, tem descendência indígena, alto, forte e com um belo sorriso, ele realmente fez sucesso na cidade, principalmente porque é o campeão invicto das corridas de alta velocidade que acontece aqui e nas cidades vizinhas.

— Vocês dois parecem duas crianças, vamos logo — saí puxando os dois, um em cada braço.

A mineradora organizava festas anuais para comemorar os lucros e animar os funcionários e a população. Contratava cantores famosos, promovia jogos, montava espaço com brinquedos para as crianças e oferecia brindes para todos que participavam. Quando ela chegou aqui vinte e cinco anos atrás, os moradores não gostaram, pois essa exploração de solo em busca de minerais sempre trazia danos ao solo e à população, mas foi diferente, eles fizeram um projeto de limpeza de resíduos, tratamento do solo, também fizeram reflorestamento em áreas desmatadas e trouxeram grandes mudanças para o povoado. Investiram no crescimento e melhorias aqui, conquistando assim aqueles que eram contrários à sua chegada.

— Bela, aqui tem fotografias, vamos, vamos lá tirar fotos — Ana saiu puxando-me assim que viu uma cabine de tirar fotos.

— Tudo bem, vamos, vamos sim, nós três — puxei o Luigi para ir junto.

Colocamos as moedas e fizemos poses, uma mais engraçada que a outra. Confesso que estava realmente me divertindo.

— Oi, posso tirar uma foto de vocês para os registros da empresa? — Um fotógrafo, que passava por nós, pediu assim que nos viu sair da cabine.

— Olha, que chique, nós vamos sair nas revistas da empresa — Ana estava muito empolgada, sua alegria em aparecer na revista da empresa era exagerada, o que arrancou um sorriso genuíno do fotógrafo — pode tirar mais uma foto, moço — completou, fazendo o Luigi revirar os olhos.

O fotógrafo tirou uma repetição de fotos.

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