PAMELA
Eu ainda estava tentando acreditar que aquilo era real. Grávida. Eu. Pamela Belmont. A esposa certinha, a que achava que teria que implorar a Deus pra ter um milagre. E agora, aqui estava eu, com um teste positivo e o Caleb praticamente me carregando no colo desde então.
Era engraçado ver ele tentando ser discreto, mas não conseguia esconder o sorriso bobo toda vez que me olhava. O homem que enfrentava reuniões com investidores ferozes e gritava ordens no telefone agora ficava me perguntando se eu tinha comido direito, se estava cansada, se o travesseiro estava confortável.
Eu sentia que o mundo tinha ficado mais leve.
Naquela manhã, ele apareceu no quarto com uma bandeja enorme — frutas, pão, suco, e café descafeinado.
— Bom dia, mamãe. — disse com aquele tom provocante.
Revirei os olhos. — Você vai ficar insuportável, né?
— Eu? Imagina. — sentou na beira da cama e me deu um beijo na testa. — Só quero cuidar de vocês.
“Vocês.”
Eu não sei explicar, mas ouvir isso fez meu coraçã