Pamela
Eu juro que foi um susto daqueles.
Um segundo eu tava ali, tranquila, deitada na espreguiçadeira, curtindo o sol, o som da piscina, o cheiro do filtro solar, achando que finalmente o universo tava sendo bonzinho comigo… e no outro, bum. Eu escorreguei igual uma pateta.
Foi tipo cena de filme de comédia.
Tentei me levantar devagar, botei um pé no chão molhado, e o destino disse: “hoje não, princesa”.
Senti meu corpo escorregar e, antes que eu conseguisse reagir, caí sentada com tudo. O barulho foi tão alto que até o mordomo, que tava lá dentro, correu achando que eu tinha desabado o guarda-sol inteiro.
“Senhora Pamela, a senhora está bem?”, ele gritou desesperado.
“Claro que não!”, eu resmunguei entre dentes, tentando não chorar. “Eu acabei de cair com uma barriga de sete meses, parece que sentei num tijolo!”
Ele veio correndo, pálido, e logo apareceu a cuidadora também, com os olhos arregalados, como se eu tivesse parindo ali mesmo.
“Não se mexe, por favor”, ela disse, ajoelhan