Caleb
Quando eu digo que aquela noite foi uma das piores da minha vida, não é exagero. Foi o tipo de noite que marca a alma, que parece não acabar nunca. Pamela chorava sem parar, e eu... eu tentava ser forte, mas por dentro eu tava despedaçado. Cada soluço dela era como uma facada. Eu só queria arrancar aquela dor de dentro dela, mas não tinha o que eu pudesse fazer.
Ela olhava pra mim com os olhos vermelhos e dizia:
“Caleb, eu não quero perder nosso bebê.”
E eu só conseguia segurar ela nos meus braços, dizendo que tudo ia ficar bem — mesmo sem acreditar totalmente nisso.
Eu sabia que ela precisava descansar, porque o corpo dela já tava no limite. Então eu liguei pro médico, pedindo pelo amor de Deus pra receitar algo que ajudasse ela a se acalmar, mas que não fizesse mal pro bebê. Ele disse que ia mandar uma receita pra farmácia de plantão, algo leve, só pra ajudar ela a dormir.
Fui até lá buscar o remédio. No caminho, juro que eu não via nada ao meu redor. Era como se o mundo tives