Pamela
A noite caiu rápida, e com ela veio a ideia de Caleb: jantar no restaurante do próprio hotel. Ele dizia que, quando se viajava, a melhor maneira de começar era explorando o que estava logo ali, ao alcance. Eu não discuti. Queria apenas aproveitar o clima e, sinceramente, comer bem.
Descemos juntos, de mãos dadas, até o restaurante que ficava no primeiro andar. O ambiente era refinado, com iluminação baixa, mesas bem postas com toalhas impecavelmente brancas, taças de cristal e arranjos florais discretos. O piano de cauda no canto dava o tom suave, como se tudo tivesse sido cuidadosamente pensado para parecer perfeito.
Caleb escolheu uma mesa para dois, perto da janela. Eu já estava animada, imaginando uma noite tranquila, só nós dois, vinho caro e risadas baixas. Mas, como a vida gosta de cutucar, claro que não podia ser tão simples.
Assim que nos acomodamos, ouvi uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar:
— Pamela!
Respirei fundo antes de levantar os olhos. Lá estava ela,