Marcia
Entrei no quarto batendo a porta com tanta força que até a moldura tremeu. Não dei nem tempo para o Jonas respirar. Joguei a bolsa na poltrona, chutei os sapatos para o canto e comecei a andar de um lado para o outro, sentindo meu sangue ferver.
— Você é um idiota, Jonas! — gritei, com a voz quase falhando de tanto ódio. — Um completo imbecil!
Ele ficou parado perto da porta, ainda com aquele olhar de quem não entende absolutamente nada. O mesmo olhar de sempre, aliás.
— Márcia… o que foi agora? — perguntou calmo, como se eu estivesse exagerando sem motivo.
Aquilo só me fez explodir ainda mais.
— O que foi agora? — repeti, irônica, batendo as mãos no quadril. — Você não percebeu o papel de ridículo que fez naquela mesa? Parecia um adolescente histérico conhecendo um cantor famoso!
Jonas franziu o cenho, mas não se abalou.
— Eu só estava sendo sincero. O Caleb é o meu ídolo, você sabe disso.
Revirei os olhos, bufando. — Ídolo? Jonas, pelo amor de Deus! Cresce! Ele é só um homem,