Caleb
O tempo parecia se arrastar. Estava sentado em uma das cadeiras duras da recepção, com o rosto apoiado nas mãos, o corpo inteiro tenso. Nicolas mexia no celular sem prestar atenção, só para tentar ocupar a mente. Minha mãe ainda não tinha voltado da UTI e cada segundo de espera era uma tortura.
Ouvi passos apressados e, quando levantei a cabeça, vi Pamela entrando pelo corredor.
Meu peito aliviou instantaneamente.
Ela caminhou rápido até mim, a expressão preocupada.
— Caleb! — chamou, parando na minha frente. — Como estão todos? Como está seu pai?
Levantei, sem pensar, puxando ela para um abraço.
O calor do corpo dela contra o meu trouxe um pouco de paz naquele inferno de ansiedade. Apertei ela forte, como se precisasse daquele toque para me manter de pé.
— Ainda não sabemos muito — falei, a boca perto do ouvido dela. — Ele sentiu dores no peito... Estamos esperando mais informações.
Ela se afastou um pouco para olhar nos meus olhos, o rosto cheio de carinho e preocupação.
— Vai