Hospital

Caleb

Cheguei no hospital quase arrombando a porta da emergência.

O coração batia descompassado, a respiração pesada. Vi minha mãe, Vitoria sentada em uma das cadeiras da recepção, com o rosto enterrado nas mãos. Nicolas andava de um lado para o outro, os olhos arregalados, a mandíbula travada.

— Onde ele está? — perguntei, a voz saindo rouca.

Minha mãe levantou o rosto. Estava pálida, devastada.

— Estão atendendo ele agora, Caleb… Ele sentiu muita dor no peito, quase desmaiou.

Um gosto amargo subiu pela minha garganta. Passei a mão pelos cabelos, tentando pensar direito. Mas era impossível. Tudo que eu conseguia imaginar era o rosto do meu pai, o homem que sempre foi uma fortaleza para nossa família, caído, vulnerável.

— Infarto? — perguntei, já sabendo a resposta.

Nicolas se aproximou, o olhar duro.

— Provavelmente. — Sua voz soou baixa, pesada. — Fizeram os primeiros exames aqui, mas mandaram direto pra emergência. Estão tentando estabilizar ele.

Olhei ao redor. Enfermeiros corria
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