Caleb
A porta do quarto nem tinha fechado direito quando ela veio até mim, ainda segurando o roupão no corpo, o rosto corado, os olhos brilhando daquele jeito que sempre destrói minha sanidade.
Ela encostou a boca na minha, suave primeiro… e depois mais firme, como quem mata uma saudade proibida.
— Já faz um tempo que a gente não brinca… — ela sussurrou contra minha boca.
Meu peito apertou.
Eu ri baixo, daquele jeito que só ela arranca de mim.
— Eu tava morrendo de saudade de você, amor.
E aí acabou.
Eu já era dela.
O quarto tava com a luz meio quente, aquelas lâmpadas amarelinhas que deixam tudo com cara de cena de filme.
O cheiro dela ainda tava no ar. Quente. Doce. Familiar.
E o roupão meio aberto mostrava só um pedaço do ombro dela… e isso foi suficiente pra minha cabeça parar.
Ela colocou uma das mãos na minha nuca e passou o polegar na minha boca, como se estivesse me marcando.
— Você tá me olhando assim por quê? — ela provoca, mordendo o canto do sorriso.
Eu dei um passo pra fr