— Eu te amo, mas se um deles chorar, finge que não ouviu.
Caleb
Acordei com um som que parecia o fim do mundo.
Um choro... não, dois. Em estéreo.
Abri os olhos e fiquei uns segundos tentando entender onde eu tava.
Ah, é. A mansão. Os gêmeos. A vida nova. O caos.
Olhei pro lado e a Pamela já tava de pé, descabelada, com cara de zumbi e segurando o Lucas.
— Caleb, pega a Isabela! — ela gritou.
Levantei no susto, tropecei no chinelo e bati o joelho na cômoda.
— Ai, cacete! — reclamei, mancando até o berço.
A Isabela me olhou com aquela cara de “você é um incompetente”, e eu pensei: ela puxou a mãe.
Peguei a menina no colo, tentando parecer confiante, mas ela não tava muito convencida.
— Tá tudo bem, pequenininha... o papai tá aqui.
Ela respondeu com um berro.
Tipo um grito de guerra.
— Tá bom, já entendi — suspirei. — O papai não serve pra acalmar ninguém.
Pamela tava trocando o Lucas, e o moleque aproveitou pra mijar nela no meio da troca.
— Ai, não! — ela gritou. — Caleb, ele mijou em mim!
— Isso é amor líquido — eu disse, rindo.
Ela me lanço