Pamela
Quando a porta finalmente se fechou atrás dos policiais e da Márcia, o silêncio do quarto pareceu ensurdecedor. Eu fiquei parada, imóvel, tentando processar tudo o que tinha acabado de acontecer. Eram quase quatro da manhã e eu me sentia como se tivesse vivido uma guerra inteira em poucos minutos.
Caleb soltou um suspiro pesado, passou a mão pelos cabelos e virou para mim.
— Que mulher insuportável. — Ele disse, com o maxilar travado. — E que acusação ridícula.
Eu ainda segurava o roupão fechado contra o peito, como se fosse uma armadura. A adrenalina ainda corria pelo meu corpo, e eu sabia que não ia ser fácil simplesmente voltar a deitar e dormir como se nada tivesse acontecido.
— Caleb, isso foi... surreal. — Minha voz saiu baixa, quase um sussurro. — Ela praticamente invadiu o nosso quarto com a polícia, me chamando de assassina.
Ele veio até mim e colocou as mãos nos meus ombros, me olhando firme.
— Pamela, escuta. — O tom dele era calmo, mas firme. — Márcia não tem absolu