Procurando tranquilizar sua mãe, que permanecia com medo de Maximiliano expor sua família, dentro do quarto ocupado pelos pais, Joana contou tudo que conversou com o noivo nas últimas horas, garantindo ao fim:
— Ele ainda carrega muito rancor pelas traições que sofreu, mas tem bom coração e, se não contou nada até agora, creio que não contará mais — afirmou.
Sabendo que a garantia de Joana era o compromisso que tinha com Maximiliano, Carmem lamentou desconsolada:
— Se fosse bom, não estaria fazendo isso conosco — duvidou Carmem sentando-se perto da filha. — Teria perdoado sua irmã e não te obrigaria a casar com ele.
— Não estou sendo obrigada a nada — Joana afirmou na defensiva. — Acredite ou não, o amo, ao ponto que meu medo não é a exposição se contar a verdade, mas que desista de casar comigo.
A declaração exaltada de Joana fez Carmem observá-la atentamente. Concluiu que a filha ainda sofria pelo rompimento do noivado, de forma que se apiedava do Gonzalez e desprezava o perigo