Evitando pensar e recuar, Margô correu apressada pelas ruas do porto em direção ao centro da cidade, ignorando tudo e todos. Nem mesmo a garoa fraca a impediu de chegar esbaforida ao seu alvo: a casa dos Savoia.
Hesitou e quase caiu ao deslizar em uma poça ao ver o jipe de Maximiliano estacionar na frente do portão de ferro. Escondeu-se atrás de uma árvore próxima, observando a interação dos noivos ao descerem do veículo.
A angústia em seu peito cresceu junto da culpa e inveja a corroendo. Não podia ouvi-los, nem era necessário para saber que estavam felizes e apaixonados. Só de observar o jeito que Maximiliano segurava o rosto de Joana, a beijava e sorria, ficava evidente que apesar dos problemas continuavam unidos.
Protegida da garoa por pequenas telhas acima do portão, Joana permaneceu no mesmo lugar, enquanto Maximiliano voltava para o automóvel e partia.
Encostada no tronco, com a respiração irregular e o suor frio escorrendo por sua espinha, uma batalha interna se desenrolava di