Margô ficou sozinha, amargurando o noivado de Maximiliano, por longos minutos até o retorno do Gonzalez com Beto ao seu lado.
— Comeu um pouco? — Maximiliano perguntou ao notar a vasilha de sopa na mesinha de cabeceira, que parecia intocada.
— Não — ela respondeu. — Estou sem fome.
Como para provar o contrário seu estômago decidiu se pronunciar.
— Não é isso que sua barriga diz — Beto brincou.
— Não comerei nada enviado pela mulher que quer roubar Maximiliano de mim.
Beto riu, mas Maximiliano não sentiu um pingo de graça.
— Coma de uma vez — mandou irritado. — Se permanecer doente terei de interná-la no hospital — ameaçou.
Mesmo não sendo verdade, foi o suficiente para Margô pegar a vasilha e se alimentar, de início relutante, depois com avidez para cessar a fome que a abatia há dias.
Apressado em obter informações antes que Joana retornasse ao quarto, e acabasse descobrindo algo comprometedor que a colocaria em risco, pediu para Margô as respostas que só ela podia oferecer so