— É você — digo enquanto meus olhos se arregalam de surpresa. Vejo Carttal esboçar um sorriso de canto, claramente se divertindo com meu espanto.
— Isso mesmo, passarinha. Eu te disse que viria te buscar. Ou esperava por outra pessoa? — disse, dando ênfase à última parte.
— Não, de jeito nenhum. É só que me surpreende que você tenha se dado o trabalho de me resgatar. Sinceramente, não esperava que o fizesse — digo enquanto meus olhos brilhavam sob as luzes. Vejo quando ele fecha a porta atrás de si e se aproxima de mim com passos lentos. Ao chegar perto, ele levanta uma das mãos e começa a acariciar meu rosto.
— Eu te disse, passarinha, você é só minha. De agora em diante, não permitirei que se afaste de mim — dizia com um tom possessivo e autoritário, o que me fez engolir em seco e minhas bochechas se aquecerem.
Eu não sabia por que esse homem causava esse tipo de sentimento em mim. Sentia que só de ouvir sua voz grave, meu coração saltava de emoção. Esse sentimento que estava sentin