Aslin acordou com um suspiro sufocado. Sua cabeça latejava, o corpo doía em cada canto, e a pressão das correntes ao redor dos pulsos lhe lembrava que aquilo não era um sonho.
O chão de concreto sob ela estava gelado e áspero, impregnado de umidade e um leve cheiro de ferrugem. A escuridão do porão era quase total, rompida apenas pela fraca luz de uma lâmpada que piscava em um canto.
Engoliu em seco e tentou se mover, mas as algemas que prendiam suas mãos a um cano na parede a impediram. Sua respiração acelerou.
— Então finalmente acordou?
A voz zombeteira fez um arrepio percorrer sua espinha.
Sibil.
Ela a viu se aproximar lentamente, com um sorriso divertido no rosto. Os saltos de seus sapatos ecoavam no chão a cada passo, um som que se cravava nos ouvidos.
— Dormia como um anjo, sabia? — zombou, agachando-se diante dela. — Uma pena que agora esteja presa nesse pequeno pesadelo.
Aslin a olhou com ódio, mas não disse nada. Não lhe daria o prazer de ver seu medo.
— Que corajosa — murmu